
Bom que tivesse voz, o coração falasse
E, a cada batimento e bem alto, dissesse
O que, n'alma da gente, existe e, ainda, contasse
A vontade de ter o quanto se merece.
O amor que não se teve e algum mal que causasse,
Com sentimento puro e, francamente, expresse
A força da paixão por tudo quanto amasse,
Alegria ou pesar pelo que não quisesse,
Então, teria a vida existência real
E, por não ter achado a tal felicidade,
Não guardaria mágoa, e nem dor sofrendo.
Talvez, seja melhor mentir-se ao ideal,
Quando cansa esperar a sonhada verdade:
_Não fales, coração, continues só batendo...
(Raymundo Nonato de Almeida Gouveia)
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